Lama Bentonítica das fundações de obras: Descarte apropriado

A lama bentonítica é utilizada na construção civil para dar mais sustentação ao solo em escavações de fundações. Essa sustentação se deve ao fato de que quando ela é bombardeada para dentro do solo, ela preenche os vazios e assim impede que aconteça o desabamento de uma construção.

Quando aplicada corretamente, a lama bentonítica, oferece a vantagem de reduzir ao mínimo as alterações do terreno vizinho, ou perfurações em decorrência da continuidade da ação estabilizante.

Só que essa ação tem um custo elevado para a natureza. Devido a algumas substâncias presentes nessa lama, ela pode causar a morte de plantas e animais quando for lançada no meio ambiente principalmente em grande quantidade.

Há muito tempo vem se discutindo o impacto ambiental produzido pelo uso de lama bentonítica em obras de fundações na construção civil. Para compreender melhor, a lama bentonítica é a mistura de água com bentonita, nome genérico da argila composta predominantemente de um mineral silicato hidratado de alumínio.

O que acontece com a lama bentonítica?

A lama bentonítica tem uma densidade que se sedimenta numa velocidade maior e que se descartada incorretamente como próximos aos rios pode provocar o impedimento da oxigenação.

O cake que é formado pela lama bentonítica preenche o solo e pode provocar a extinção de alguns seres da fauna e flora causando um impacto ambiental, ainda mais se o caso se o descarte for a uma grande quantidade em determinada região.

Por provocar esses danos ambientais, a lama que não será mais reutilizada precisa de descarte em um aterro industrial ou um local que aceita esse tipo de material.

De grande importância para o ramo da construção civil, a lama bentonítica tem seu problema na hora do descarte e sai caro para as empresas fazerem o descarte apropriado, e se descartada em local impróprio acabará impactando em danos ambientais muito graves.

Dessa forma, o descarte da lama bentonítica é visto como algo complicado de fazer e muitas vezes é colocada em lugar incorreto e prejudicando a natureza. Para isso é necessário um estudo que saiba investir de maneira correta nesse descarte.

Como deve ser feito o descarte da lama bentonítica?

Qualquer empresa do ramo da construção civil que utilizar a lama bentonítica deverá contratar uma empresa responsável e licenciada pelos órgãos ambientais IBAMA e CETESB para fazer o descarte deste poluente. A lama bentonítica pode passar por uma reciclagem ou ser encaminhada para aterros sanitários.

Descarte de lama Bentonítica na estação de tratamento Attend Ambiental

Esse tratamento pode ser feito de maneira simples, e assim colaborando para o meio ambiente. Algumas empresas aplicam uma técnica que elimina o poluente através de um tratamento feito com um pó químico que reage com a bentonita e assim transforma-a em flocos. E a água separada da lama bentonitica, pode ser descartada, ou ainda aproveitada para lavagem ou reuso em sanitários.

Em outra ocasião à empresa contratada irá Transportar a Lama Bentonítica para uma estação de tratamento específica ou para aterros preparados para receber o material.

É importante que a empresa contratada tenha caminhões adequados para fazer esse transporte e com sistemas de vácuo de extrema eficiência. Ações corretas assim impactarão em um meio ambiente melhor.

O polímero sintético como substituição

Para evitar muitos gastos e impacto negativos para o meio ambiente, muitas empresas de construção civil estão fazendo o uso de polímeros sintéticos no lugar da lama bentonítica.

Em contato com a água, esses polímeros se transformam em uma espécie de cola que acaba dando mais estabilidade para as escavações. Além disso, os polímeros causam menos impacto para o meio ambiente e seus resíduos podem ser tratados e reaproveitados.

IBAMA:

Instrução Normativa 1, de 02 de janeiro de 2018
Define diretrizes que regulamentam as condições ambientais de uso e descarte de fluidos, cascalhos e pastas de cimento nas atividades de perfuração marítima de poços e produção de petróleo e gás, estabelece o Projeto de Monitoramento de Fluidos e Cascalhos, e dá outras providências.